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Legados

                    Acabou a copa e a consciência aos poucos vai tomando o seu lugar. Após a sessão do circo do futebol teremos pela frente outro circo: as eleições. E qual é o legado que temos para tocar a vida para frente? Nenhum.
Não me venham me dizer do potencial turístico, das obras de engenharia, da pavimentação ou das melhorias de transporte, pois além de acha-los todos pífios o índice que me orienta para concluir que não tivemos legado nenhum é simplesmente o seguinte: "minha vida, como brasileiro, não melhorou um milímetro".  A minha culpa nisso provavelmente se dá pela omissão, pois é mais fácil tocar minha vida pacata em plena juventude do que pensar coletivamente e enxergar os problemas  sociais que nos aflige.

 Não, não sou brasileiro com muito orgulho e nem muito  amor, pois cada dia me enojo com o descaso na administração da saúde pública, da educação e da segurança (também conhecidos como a santa trindade de qualquer político) e o amor? Você consegue enxerga-lo em nosso meio? Sou brasileiro sim, mas ver todas estas circunstâncias que deveriam nos unir em busca de uma solução nos separar para confirmar um "dna" corrupto me deixa até desorientado em relação a nacionalidade. Não é síndrome de vira lata, é senso crítico. Tanto se criticou as manifestações de julho, exigindo que as mesmas fossem colocadas em prova nas urnas, mas com os candidatos  que se apresentaram se torna impossível esboçar qualquer mudança. E o carnaval das alianças políticas? Quem é aliado a nível nacional é adversário a nível regional, como isso pode ser possível? As ideologias de cada partido se alteram em cada esfera de poder? Enfim, o legado é a consciência de que perdemos tempo e fomos enganados. E este torço para que muitos reconheçam.

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